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Olá, amigos!
É com muita empolgação que inauguro a página “Pelé nos Selos Postais”.

 

Começo postando um item que é um de meus favoritos, apesar de ter poucas informações sobre ele. Sei apenas que foi emitido por Manama no ano de 1972.
Embora não identificado nominalmente, não há dúvidas de que é Pelé que está controlando a bola com a cabeça diante do fundo verde. Certo?

 

São diversas e numerosas as séries de selos que retratam Pelé com outros futebolistas. Algumas dessas séries chamam a atenção porque passam a ideia de que Pelé ainda era um jogador em atividade mesmo muito depois de já ter pendurado as chuteiras. A série que compartilho hoje com vocês é uma desse tipo. Todas essas peças foram emitidas pela República Centro-Africana no dia 24 de julho de 1985 em alusão à Copa do Mundo que ocorreria em 1986. Maradona (no bloco), Platini e Rummenigge (em aéreos), Paolo Rossi e Schumacher foram representados nos selos e participaram da Copa do Mundo de 1986. O inglês Kevin Keegan, também retratado na série, não viria a jogar o Mundial, mas era um jogador contemporâneo e sua presença aqui não surpreende. Pelé, porém, tinha disputado sua última Copa do Mundo no longínquo ano de 1970 e se aposentara dos gramados oficialmente em 1977. Entendo que séries de selos como esta muito contribuem para construir e reforçar a ideia ainda hoje muito difundida de que Pelé foi um jogador que atravessou gerações. Um craque capaz de brilhar em qualquer época.

 

 Hoje compartilho com vocês o item de minha coleção que mais exige cuidados para armazenar. Devido ao “enorme” tamanho, nunca encontrei um protetor adequado, além de ser impossível colocá-lo sem dobrar no classificador. Inclusive na vertical! Emitida pelo Paraguai em 1973, esta é uma das raras séries sul-americanas com um selo do Pelé (é o segundo selo da direita para a esquerda na imagem). Em termos de selos do Pelé emitidos na América do Sul, além, obviamente, do Brasil, tenho conhecimento apenas de uma outra série da Guiana Francesa.

 

Que surpresa agradável foi receber esta série recentemente.
Sim, uma grande surpresa, pois apesar de saber que se tratava de uma série que continha um selo em homenagem ao Pelé, nunca havia prestado atenção cuidadosamente. Nem mesmo na hora de realizar a compra!
Somente quando recebi os itens e fui apreciá-los percebi a presença ilustre de um outro grande nome do esporte brasileiro: Ayrton Senna!
Esta é uma série emitida por Moçambique em 2011. Desde já, iniciarei uma busca para saber se existem outras séries pelo mundo homenageando Pelé e Senna ao mesmo tempo. Caso exista, prometo compartilhar com os amigos assim que chegar em minha casa. Desta vez, porém, sem surpresas!

 

Hoje compartilho aquela que, esteticamente falando, talvez seja minha série favorita relacionada ao Pelé. Esta série de aéreos foi emitida por Camarões em outubro de 1970 e comemora a Copa do Mundo então recém-terminada. Sede do torneio, o México tem dois de seus símbolos nacionais aqui celebrados: o Estádio Azteca e a Seleção Mexicana. O Brasil, por sua vez, se vê homenageado através da Seleção Brasileira que acabara de se consagrar Tricampeã e daquele que, sem dúvidas, era o seu nome mais ilustre: Pelé. Espero que os amigos apreciem estas verdadeiras obras de arte tanto quanto eu as aprecio!

 

Já se tornou uma espécie de tradição filatélica a emissão, em escala global, de selos comemorativos à Copa do Mundo de futebol sempre que uma nova edição do torneio se aproxima. Em 1998 não foi diferente, e até mesmo a pequenina ilha da República de Palau, localizada no Oceano Pacífico, produziu selos em comemoração ao principal torneio do futebol. A série, como as imagens mostram, é composta por oito selos e um pequeno bloco. Os selos, todos eles, retratam jogadores genéricos e apresentam a legenda “Celebrando a Copa do Mundo de 98”. O pequeno bloco, por sua vez, não traz a imagem de um jogador anônimo, mas sim a de um nome bem conhecido em todos os cantos do planeta: Pelé. Além do mais, ao invés de celebrar a Copa do Mundo como um todo, a legenda do bloco também direciona a homenagem para Pelé e escreve: “Pelé Hall da Fama do Futebol.  O maior do mundo em todos os tempos”. Em minha opinião, amigos, esta série emitida por Palau em maio de 1998 evidencia como poucas o protagonismo de Pelé na história do futebol mundial. Se a Copa do Mundo precisava ser celebrada como evento, Pelé, como o maior de todos, não podia ficar de fora da homenagem. E a homenagem se torna ainda mais significativa vindo de uma pequena ilha, com pouco mais de 20 mil habitantes, e escassa tradição futebolística. Curiosidade: poucos meses depois a seleção palauense sofreria a maior derrota de sua curta trajetória ao perder por 15 a 2 para a seleção de Guam.

 

Hoje compartilho com todos uma série que foi emitida por Moçambique em 2010 para celebrar o aniversário de 70 anos de Pelé. Dois são os pontos que muito me chamam a atenção nesta série. O primeiro deles é o fato de o aniversário de Pelé nunca ter sido celebrado pela filatelia brasileira. Inclusive, gostaria de fazer uma pergunta aos amigos: existem selos brasileiros que comemoram o aniversário de figuras importantes da história do nosso país? O segundo ponto que gostaria de destacar é que Pelé surge em diversos selos desta série representado com o uniforme do New York Cosmos, clube dos Estados Unidos pelo qual atuou na década de 1970. Confesso que assim que comecei a minha coleção, fiquei bastante surpreso com a significativa quantidade de selos em que Pelé aparece com o uniforme desse clube estadunidense.

 

Hoje compartilho uma folha emitida pela Mongolia no ano de 1979. Como indica o catálogo Scott, esta peça foi produzida para celebrar a Brasiliana 1979 – 3ª Feira Internacional de Filatelia Temática, ocorrida na cidade do Rio de Janeiro, entre os dias 15 e 23 de setembro daquele ano. A referência a Pelé se dá através da reprodução da imagem do mais que famoso selo emitido pelo Brasil 10 anos antes, em 1969, em homenagem ao ainda mais famoso milésimo gol. Ao lado dessa reprodução, vê-se uma pintura do rosto de Pelé em perfil sobre um fundo amarelo-ouro. Não é raro encontrar selos de Pelé em séries que celebram eventos como edições da Copa do Mundo, datas como o centenário da FIFA, conquistas de títulos da seleção brasileira… Entretanto, há de se ressaltar que Pelé não é homenageado pelo mundo da filatelia apenas em contextos futebolísticos. E justamente por isso vejo esta peça da filatelia mongol como muito significativa, visto que dentre os inúmeros símbolos disponíveis para se representar o Brasil na hora de se comemorar um evento que aconteceria em solo nacional, Pelé foi o escolhido.

 

Começo a postagem confessando que fiquei surpreso quando procurava em meus classificadores o que iria compartilhar esta semana e percebi as semelhanças entre a série aqui escolhida e a última que postei. Semana passada, compartilhei com todos uma série emitida pela República do Chade em comemoração à Copa do Mundo de 1978 que apresentava cinco selos e um bloco. O bloco celebrava um integrante da seleção da Alemanha Ocidental que havia sido campeã mundial em 1974, no caso o treinador Helmut Schon, e apresentava o valor facial de 500F (Francos da África Central). Por sua vez, o selo em homenagem a Pelé custava 300F. E não é que a série hoje compartilhada, emitida pela República do Congo apresenta praticamente estas mesmas características? Se não, vejamos… Série motivada pela Copa do Mundo de 1978, com cinco selos, um bloco de 500F celebrando o alemão ocidental Franz Beckenbauer, e o selo em homenagem a Pelé custando 300F. Vale mencionar ainda os outros futebolistas retratados na série. São eles: o húngaro Ferenc Puskás (60F), o italiano Giacinto Facchetti (75F), o inglês Bobby Moore (100F) e o francês Raymond Kopa (200F).  Além disso, dois pontos me chamaram a atenção em relação a esta série (Ver na imagem do selo do Pelé em detalhe).O primeiro deles é que, embora não mencionado, parece claro que quem abraça Pelé na imagem é o seu companheiro na seleção brasileira campeã mundial em 1970 Rivellino. Seria esta arte a reprodução de alguma fotografia da Copa do Mundo de 1970? Em segundo lugar, não pode passar despercebido o fato de o selo estampar o nome Edson Arantes do Nascimento “Pele”. Confesso que é o único item filatélico que co nheço que se refere a Pelé através de seu nome de batismo.

 

Hoje compartilho uma série emitida pela Nicarágua em outubro de 1978 em referência à Copa do Mundo que havia acabado de terminar na Argentina. Para os que apreciam a história do futebol, esta é uma série que chama a atenção por retratar duelos entre futebolistas que jamais ocorreram na história das Copas. No selo de 20 centavos, o capitão da seleção austríaca em 1954, Ernst Ocwirck, protege a bola do argentino de nascimento Alfredo Di Stéfano, que defendeu a seleção espanhola no Mundial de 1962. No selo de 25 centavos, a curiosidade é ainda mais atrativa. Vejam só, amigos… Embora a seleção da Argentina tivesse sediado e vencido a Copa do Mundo de 1978, apenas um jogador argentino é representado na série em comemoração àquele evento: o zagueiro Oswaldo Piazza, que aparece disputando a bola com o sueco Ralf Edstroem. Porém – e aí se encontra a peculiaridade da questão! – Oswaldo Piazza sequer fazia parte do elenco da seleção Argentina campeã em 1978!  Denis Law, maior artilheiro da história da seleção escocesa, e Franz Beckenbauer, para muitos o maior jogador alemão de todos os tempos, bem poderiam ter se enfrentado na Copa do Mundo de 1974, mas o embate mostrado no selo aéreo de 50 centavos também nunca aconteceu nos Mundiais. Assim como também não ocorreu o confronto apresentado pelo bloco entre o francês Dominique Rocheteau e o holandês Johaan Neeskens, que participaram da Copa de 1978. Por fim, temos o selo aéreo de 5 Córdobas (imagem em detalhe), que ilustra uma ação em que Pelé tenta marcar um gol no goleiro italiano Dino Zoff. Embora Pelé e Dino Zoff possuam a expressiva marca de quatro participações em Copa do Mundo, os amantes do futebol nunca puderam ver este grandioso duelo. Pelé disputou os Mundiais de 1958, 1962, 1966 e 1970, enquanto Zoff esteve presente nas edições de 1970 (apenas como goleiro suplente), 1974, 1978 e 1982. Ou seja, Zoff viu, do banco de reservas do Estádio Azteca, Pelé comandar a grande vitória da seleção brasileira na Copa do Mundo de 1970, mas não teve a oportunidade de estar em campo para tentar evitar o triunfo brasileiro. Resumo da ópera, amigos, além de belíssimas obras de arte, estes selos emitidos pela Nicarágua nos fazem imaginar preciosos duelos entre grandes futebolistas que as Copas do Mundo, pelos mais diferentes motivos, não conseguiram nos proporcionar.

 

Hoje compartilho com todos uma aquisição que realizei neste último fim de semana. Se trata de uma série emitida por Mali em 2015 em homenagem ao 25º aniversário da morte do magnífico goleiro soviético Lev Yashin, popularmente conhecido como Aranha Negra, em referência ao costumeiro uniforme completamente preto que utilizava em campo. Interessante notar como a série se refere ao goleiro pelo nome Lev Yachine, uma forma mais comum em países de língua francesa. Talvez como uma maneira de relembrar os grandes momentos da carreira de Yashin, a série aciona dois dos maiores atacantes já enfrentados pelo goleiro: Eusébio, que marcou um dos gols da vitória da seleção portuguesa sobre a seleção soviética por 2 a 1 que deu aos portugueses o terceiro lugar na Copa do Mundo de 1966, e Pelé.
Yashin e Pelé se enfrentaram na Copa do Mundo de 1958, quando o brasileiro sequer tinha completado 18 anos de vida e fazia sua estreia em Mundiais. Aquela partida terminou 2 a 0 para a seleção brasileira (dois gols de Vavá) e até hoje é considerada uma das mais importantes vitórias já alcançadas pelo time nacional, visto que pavimentou o caminho rumo ao primeiro título de campeão mundial dos brasileiros. Finalizando com um julgamento muito pessoal, acho o selo que retrata Yashin e Pelé se cumprimentando o mais belo de toda a série.

 

 

Hoje compartilho com todos uma emissão da União das Comores, um país localizado no continente africano. Em francês, uma das línguas locais, a série é nomeada “Les Joueurs de Football Brésiliens”, que, traduzindo, seria “Os Jogadores Brasileiros de Futebol”. Embora a série tenha sido emitida no ano de 2010, todos os jogadores retratados nos selos foram inicialmente convocados para a seleção brasileira que participou da Copa do Mundo de 1998: Romário, Roberto Carlos, Ronaldo, Cafu, Dunga e Rivaldo, além de uma ilustração de Bebeto. Digo inicialmente pois, como sabemos, Romário foi cortado da equipe nacional que terminou aquela competição como vice-campeã após perder a final para a seleção francesa. Além de ser retratado com a camisa do clube espanhol Barcelona, que defendeu na temporada 1996-1997, Ronaldo “Fenômeno” também é homenageado com o selo no bloco, no qual aparece vestindo as cores da seleção brasileira. O mesmo bloco apresenta uma ilustração do lateral-esquerdo Roberto Carlos, com o uniforme do clube espanhol Real Madrid, e de Pelé, trajando as vestes do clube norte-americano New York Cosmos.  Em relação à presença de uma ilustração de Pelé nesta série gostaria de elaborar dois pequenos comentários e levantar uma questão para os amigos filatelistas. Primeiramente, observo que o mundo da filatelia contém diversos itens que reforçam a ideia de que Pelé é eterno, como diz o título do famoso documentário. No caso desta emissão da União das Comores em particular, isso se dá pela presença de Pelé em meio a nada menos do que sete jogadores relacionados com a Copa do Mundo de 1998, mesmo Pelé tendo pendurado as chuteiras mais de duas décadas antes do Mundial sediado pela França. Uma das ideias passadas por itens filatélicos como estes é a de que Pelé seria um futebolista tão magnífico que ultrapassa gerações, colocando-se sempre entre os melhores, independente da época.
Em segundo lugar, como mencionei em alguma postagem anterior, muito me intriga o grande número de imagens de Pelé com o uniforme do New York Cosmos no mundo da filatelia. Chega a superar até mesmo a quantidade de representações de Pelé com o manto do Santos. Por fim, aproveito a postagem para retirar uma dúvida com os amigos filatelistas: mesmo que Pelé esteja presente apenas em uma ilustração, e não representado no selo, este bloco seria considerado uma peça filatélica digna de ser compartilhada em uma exposição temática sobre o Pelé?

 

Constantemente a página tem compartilhado emissões em comemoração a diferentes edições da Copa do Mundo em que Pelé é homenageado. Entretanto, não são apenas selos referentes aos Mundiais que celebram Pelé, e a série de hoje é um belíssimo exemplo deste caso.Esta série compartilhada foi emitida pelo Tajiquistão no ano de 2004 em comemoração ao centenário da FIFA (Fédération Internationale de Football Association) e é composta por 4 selos. Por ordem de valor facial, os três primeiros selos retratam um goleiro e a taça da Copa do Mundo (0,50), a sede da FIFA na cidade suíça de Zurique (0,70) e o ex-jogador Stéphane Chapuisat (1,00), que defendeu a seleção suíça em mais de 100 oportunidades entre 1989 e 2004 e, no selo, aparece vestindo o uniforme desta equipe.
Pelé, repre sentado no selo de maior valor facial da série (2,00) surge trajando o uniforme da seleção brasileira, sendo intrigante observar como a camisa 10 por ele vestida apresenta quatro estrelas sobre o escudo. Intrigante pois pode-se dizer que esta camisa se mostra duplamente fora de época. Primeiro, porque quando Pelé se despediu da seleção nacional, “apenas” três títulos mundiais haviam sido conquistados. Depois, porque quando esta série foi emitida, a seleção brasileira já havia se consagrado Penta. O mundo da filatelia me ensina dia após dia que para afirmar a existência de erros históricos em um selo é preciso realizar uma cuidadosa pesquisa. Sendo assim, fico muito curioso para saber como teria sido o processo de elaboração do design deste selo que representa Pelé como um jogador da seleção brasileira de forma tão atemporal.

 

Hoje, dia 23 de outubro, como não poderia deixar de ser, compartilho com todos uma série em celebração ao aniversário de Pelé, nascido em 1940. A série apresentada foi produzida por Moçambique no ano de 2015, quando Pelé comemorava seu 75º aniversário. O mesmo Moçambique, vale lembrar, também havia comemorado o aniversário de 70 anos de Pelé com uma emissão realizada cinco anos antes (e que já foi compartilhada pela página).
Sendo assim, posso dizer que já estou na expectativa para saber se em 2020, quando Pelé completar 80 anos de vida, Moçambique voltará a celebrar o aniversário do maior futebolista de todos os tempos com uma nova emissão.

 

 

Uma vez, com o brilhantismo que lhe era comum para transformar o futebol em poesia, Armando Nogueira escreveu: “Se Pelé não tivesse nascido homem, teria nascido bola”. O pensamento que o saudoso Nogueira expressou em palavras, o Haiti apresentou na forma de selo através de uma série emitida em 14 de junho de 1971, cerca de um ano após a seleção brasileira conquistar a Copa do Mundo de 1970.  O selo de valor facial 0,50 da série faz referência à cidade do Rio de Janeiro, enquanto o de 1,00 presente no bloco menciona a cidade de Brasília. Entretanto, para a nossa página, sem dúvida alguma o selo mais rico da série é o de valor facial 0,70 do bloco (imagem em detalhe), onde se vê uma bola, uma menção à cidade de Santos e uma homenagem a Pelé.
De certa forma, ao aparecer ao lado de duas das capitais políticas do Brasil – Rio de Janeiro (de 1763 até 1960) e Brasília (desde então) –, entendo que a cidade de Santos, casa de Pelé por tanto tempo, surge aqui como uma espécie de capital nacional do futebol.

 

 

Que dia especial! Hoje 19/11/2019, comemoramos 50 anos do milésimo gol que Pelé marcou em sua carreira. Certamente é um ótimo momento para conversar sobre o selo emitido pelo Brasil em comemoração a esta façanha de Pelé. Aquele mesmo selo que 9 a cada 10 filatelistas brasileiros conhecem, que representa Pelé comemorando um gol com o uniforme da seleção brasileira e o típico gesto de socar o ar. No entanto, estou me dedicando a produzir um artigo mais aprofundado sobre esse selo brasileiro e, por isso, pensei em deixar o bate-papo sobre ele para uma outra oportunidade. Isso não significa, porém, que vamos ignorar o grande feito do gol 1000. Pelo contrário, compartilho hoje com os amigos uma emissão comemorativa do Iêmen do Norte de 4 de abril de 1970. Embora a emissão esteja associada à Copa do Mundo de 1970, é possível perceber, ao lado da imagem do rosto de Pelé, a inscrição “November 19th 1969 – 1000th goal”. Inclusive, esta emissão me suscitou uma enorme curiosidade. Vamos a ela…Pesquisando sobre o lançamento do selo brasileiro em comemoração ao milésimo gol de Pelé, me deparei com o seguinte trecho de reportagem publicada no jornal Jornal do Brasil no dia 28 de novembro de 1969: “Pelé estará hoje, ao meio-dia, nos correios do Rio para o lançamento do sêlo comemorativo dos mil gols. O jogador, embora goste da homenagem, afirmou que o sêlo do Irã está bem melhor no aspecto artístico que o brasileiro:
– No sêlo do Irã – disse o jogador – eu estou de frente, como se fôsse o meu busto, e está mais bonito que o nosso. Fiquei surprêso quando recebi esta homenagem do Irã, pois não poderia imaginar que um país tão distante se lembrasse de mim a ponto de imprimir um sêlo em homenagem aos mil gols”. Mais do que saber que Pelé não vê muita beleza no selo brasileiro em comemoração ao seu milésimo gol, o que mais me chamou a atenção nessa reportagem foi a menção a um selo iraniano sobre o feito. Muito procurei e nunca consegui achar nenhum selo emitido pelo Irã se referindo a Pelé, o que me deixou com duas pulgas atrás da orelha. A primeira pulga pergunta interessada: “Teria ocorrido algum erro de comunicação e a emissão filatélica em homenagem ao gol 1000 com o busto de Pelé seria a produzida pelo Iêmen do Norte, e não pelo Irã?”. A segunda pulga indaga empolgada: “Existiria, em algum canto do mundo, algum item filatélico raríssimo que comprove a existência de algum projeto de emissão de selo em comemoração ao milésimo gol de Pelé pelo Irã?”. Até hoje, durmo com estas duas pulguinhas curiosas…
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